A disseminação da Covid-19 em Fortaleza contribuiu para um aumento de 161,6% dos casos confirmados da doença entre a primeira e a segunda onda na cidade, de 1º de março a 30 de setembro de 2020 e 1º de outubro a 8 de maio de 2021, respectivamente. Os exames realizados no período também sofreram crescimento de 102,2%.
No Ceará, também houve um acréscimo nesses índices, porém em proporções menores. O número de casos confirmados da doença cresceu 64,72% no Estado e os testes de detecção tiveram aumento de 49,12%. As informações são do IntegraSUS, portal de transparência da Secretaria da Saúde (Sesa).
Atualmente, as transmissões do vírus encontram-se em queda no Ceará, possibilitando a flexibilização do lockdown desde o dia 12 de abril. Apesar do cenário estar apresentando melhoras, ainda há preocupações com as taxas de positividade da Sars-Cov-2. Por isso, o último decreto estadual - divulgado na sexta-feira (7) - não avançou na retomada das atividades desta semana.
De acordo com a médica infectologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mônica Façanha, a multiplicação de casos confirmados da doença entre as duas ondas se dá por diversas causas, principalmente por conta do relaxamento nos cuidados de prevenção.
“Houve o período de festas no final do ano, as eleições, o carnaval e as férias, que são momentos nos quais as pessoas costumam se encontrar mais. Assim, a população passou a se sentir um pouco mais confortável de sair, de encontrar amigos, de confraternizar, o que proporcionou esse avanço”, explica a infectologista.
Outro ponto para o agravamento da crise sanitária foi o surgimento de novas variantes, como a P.1. A professora da UFC comenta que o aumento na diversidade de cepas do coronavírus em circulação no País “estava preocupando muito, porque a transmissão ocorria mais facilmente, contribuindo com o número grande de pessoas adoecendo na mesma casa, na mesma família, entre os amigos e conhecidos mais próximos”.
Fonte Diário do Nordeste
Por: Sistema Norte de Comunicação