Um policial civil foi afastado do cargo pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD), dias depois de matar um homem com um tiro na cabeça, em um bar no Município de Itapiúna, no Ceará. O inspetor chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto pela Justiça Estadual, com aplicação de tornozeleira eletrônica e proibição de porte e posse de arma de fogo.
A CGD afastou preventivamente o ispetor José Flávio Távora Lopes e abriu Processo Administrativo-Disciplinar contra o servidor, devido a ocorrência, de acordo com portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (25). A publicação traz que a conduta do policial, em tese, configura descumprimento de dever e transgressões, conforme o estatuto da Polícia Civil.
José Flávio foi autuado em flagrante pelos crimes de homicídio e porte ilegal de arma de uso restrito, na Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da própria CGD, no dia 16 de maio último, após prisão efeutada pela Polícia Militar do Ceará (PMCE).
O coordenador jurídico do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpol-CE), advogado Kaio Castro, alega que o inspetor "se encontrava em tratamento médico psicológico" e afirma que a prisão em flagrante continha "vícios que foram percebidos também pelo Poder Judiciário". A defesa do suspeito analisa a Portaria da CGD sobre o afastamento do servidor.
ASSASSINATO E PERSEGUIÇÃO POLICIAL
De acordo com o Inquérito Policial aberto na DAI, o inspetor José Flávio se encontrava ingerindo bebida alcoólica com o seu filho e mais três pessoas, em um bar no bairro de Uburanas, em Itapiúna, quando o policial sacou a arma e disparou contra a cabeça de Francisco Adriano Porto Pereira, que morreu no local, na noite de 16 de maio.
Após o tiro, o policial fugiu junto do filho, em um veículo, com direção a Fortaleza. A Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) foi acionada e começou a acompanhar o automóvel, a partir das câmeras de videomonitoramento.
Diário do Nordeste
Por: Sistema Norte de Comunicação